domingo, 10 de fevereiro de 2013
Sobre a Vida, o Universo e Tudo mais [1]
Essa foi uma discussão no facebook muito interessante. Fiz apenas alguns cortes de comentários não contextualizados, mas nada que mude o discurso de ninguém.
Tudo começou com a singela pergunta de minha amiga, Patrícia...
Patricia Menezes Pereira
Sexta às 18:58
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Por que a vida tem que ser tão complicada e esquisita?
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João Antonio
Porque se nós descobríssemos a resposta para a vida, o universo e tudo mais com facilidade, este último entraria em colapso e ressurgiria como algo ainda mais complicado e esquisito.
há 16 horas
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João Antonio
Lembrando que segundo uma teoria do Guia dos Mochileiros da Galáxia, isso já aconteceu.
há 16 horas
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Patricia Menezes Pereira
Mas não impede que aconteça de novo
há 16 horas
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Patricia Menezes Pereira
Obrigada por me lembrar desse fato. Já não acho tão ruim assim.
há 16 horas
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João Antonio
Estamos aí para isso. Hehehe. Rumo a conquista galáctica, a descoberta da verdade e a destruição do universo!
há 16 horas
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João Antonio
Tenho uma teoria. Imagine que a pessoa que descobriu a verdade sobre o universo seja a responsável por planejar a reconstrução do novo. Percebe-se que esse individuo é dotado de uma grande sabedoria, visto que foi ELE que descobriu a resposta. Entretan
to, ele pode não ser dotado dos conhecimentos básicos de engenharia cósmica, física dos buracos negros, xenobiologia, ecologia galáctica e outros centenas mais... Ou seja, pela falta de conhecimentos do criador o universo se torna mais complicado e esquisito. Contudo a sua construção ainda é dotada de uma lógica extremamente complexa apenas aguardando que outro pensador tenha uma ideia e destrua o universo novamente. Por acidente.
há 16 horas
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Patricia Menezes Pereira
Boa teoria, mas quem será o próximo se todos os grandes pensadores já se foram, e quem será que foi o primeiro?
há 16 horas
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João Antonio
Eu não diria impossível, mas seria muitíssimo difícil responder isso. Pois quando nossa realidade recomeçou, a realidade anterior já havia entrado em colapso, e com ela, o nosso pensador. Contudo, determinar o próximo é relativo. Ele já pode ter morrid
o ou sequer nasceu. Pode ter sido alguém que já deixou a ideia básica em livros, músicas ou imagens e alguém ainda vai percebe-la futuramente. Indo mais além... Imagine se uma pessoa no futuro retorna ao passado e descobre a verdade. Se o universo entrasse em colapso imediatamente não haveria futuro para o pensador nascer. Isso contrariaria a lógica universal e provaria que o universo errou. E se no momento que ele tivesse voltado ao passado o universo criou uma realidade alternativa que refletia a realidade do pensador em tempos passados. Assim, o universo poderia entrar em colapso imediatamente sem sofre com todo a entropia gerada pela ação do viajante do tempo.
há 15 horas
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João Antonio
Convoco os senhores
Matheus Araújo
e
Phillipe Jonson
para comentários.
há 15 horas
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Patricia Menezes Pereira
Digamos que esse pensador vindo do futuro descobre a verdade no passado, gerando assim o colapso destruídor da nossa realidade atual. Isso vai gerar um paradoxo existencial que vai gerar um colapso tão maior e mais complexo que afetará o universo em su
a totalidade e mais além, que vai gerar uma distorção do contínuo-espaço-tempo tbm profunda capaz de gerar milhões de universos paralelos repletos de aberrações temporais, tanto que tornaria impossível o sistema se manter de forma equilibrada nesse ciclo de pensadores, e finalmente chegariamos ao verdadeiro gnab gib.
há 15 horas
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João Antonio
Ótima teoria! Aplica-se bem melhor que a minha. Isso faz muito sentido. Eu não havia pensado bem sobre a complexidade do universo, mas sua explicação abriu bastante a visão! Muito bom! Divagarei um pouco agora...
há 15 horas
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João Antonio
O big bang seria a forma do universo destruir o tempo para que as aberrações temporais sejam normalizadas?
há 15 horas
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Patricia Menezes Pereira
Boa divagação. E se não fosse a sua teoria, a minha não teria bases para existir, logo sua teoria se torna mais importante que a minha, pois sem ela eu jamais teria pensado sobre o assunto e à teria formulado.
há 15 horas
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Patricia Menezes Pereira
Seria sim. Como um grande reset do universo.
há 15 horas
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João Antonio
Sem a sua teoria a minha teoria seria facilmente derruba, como aconteceu. A sua perspicácia trouxe a discussão a uma conclusão fantástica. Palmas para Patrícia! clap clap clap clap clap clap clap clap
há 15 horas
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Patricia Menezes Pereira
Obrigada, obrigada. (reverências em agradecimento) Mas isso só mostra a importância da sua teoria, é preciso um ponto de partida. O qual sem ele a discussão nem existiria e não se teria chegado a nenhuma conclusão.
há 15 horas
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João Antonio
Mas foi uma senhorita chamada Patrícia Menezes Pereira que começou tudo com uma pergunta.
há 15 horas
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Patricia Menezes Pereira
São as perguntas que movem o mundo senhor João Antônio.
há 15 horas
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Patricia Menezes Pereira
E duas pessoas dispostas a pensar sobre ela.
há 15 horas
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João Antonio
É isso ai =3
há 15 horas
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Phillipe Jonson
"As perguntas movem o mundo." Essa afirmação é brilhante! Temos em resumo a perspectiva marxista (materialismo histórico-dialético) e também positivista/funcionalista de mundo, que são duas correntes antagônicas, mas ambas acreditam que a história da humanidade caminha por meio de mudanças ideológicas provocadas por transformações radicais da razão.
há 9 horas
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Phillipe Jonson
Quando o ser humano criticou as bases da religião, adotou a metafísica (filosofia platônica e aristotélica, por exemplo), e posteriormente aderiu à razão pura, não de modo completo ainda, como explica Auguste Comte na "lei dos três estados". Em Karl Ma
rx, a libertação da opressão da classe (social) dominadora acontece quando a classe desfavorecida (1º) toma consciência de sua condição de oprimida e (depois) atua de forma a reverter o jogo. A dúvida, a coragem e o questionamento, ou seja, "a pergunta", fazem com que o mundo se transforme, isto é, "se mova".
há 9 horas
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Phillipe Jonson
Caso contrário permaneceríamos em algum ponto não superado pela razão, seja na mitologia à moda oriental, feudalismo, catolicismo medieval ou até mesmo iluminismo (pois já foi questionado pela corrente chamada "pós-modernismo").
há 9 horas
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Phillipe Jonson
Já a questão da disposição a se pensar, creio que seja, no vosso caso, uma confluência de determinações sociais, ou seja, a sociedade, da forma como está estruturada (em grande desenvolvimento da liberdade individual, por exemplo), foi responsável por fazer surgir em vocês essa inclinação.
há 9 horas
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Phillipe Jonson
Sobre a destruição do universo pela descoberta da verdade, se entendi bem, considero o último desenvolvimento da discussão, no qual Patrícia falou que o paradoxo existencial gera um colapso barulhentamente maior. Ora, se considerarmos que o tempo é uma convenção humana, no sentido de que ele não existe, não anda gradualmente como nos apontam relógio e calendário, então não é possível que alguém venha do futuro.
há 9 horas
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Phillipe Jonson
De qualquer forma, se ainda quisermos dizer que alguém veio do futuro, esse será um termo relativo ao tempo convencional em ambos os casos. Por exemplo, diferença de fuso horário ou noções diferentes de tempo (acontece em sociedades diferentes, como a ocidental e a das sociedades indígenas da Nova Guiné, por exemplo).
há 9 horas
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Phillipe Jonson
Por isso, não é possível que um paradoxo temporal tenha qualquer efeito sobre a matéria. Se ele existe, é como categoria de pensamento, como forma enganosa da razão (segundo Kant), não como realidade concreta.
há 9 horas
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Patricia Menezes Pereira
Interessantes conjecturas Phillipe, e muito boa retórica a sua. Entretanto, quando se fala de tempo contínuo, não é o tempo conveniente da sociedade, e sim as divisões básicas do tempo como passado, presente e futuro, sendo o presente resultado das oco
rrências anteriores, e o futuro a consequência das ocorrências atuais. Ora, nesse sentido, tem-se o tempo como uma linha continua e, de certa forma, ciclica, ao qual se alia paralelamente o espaço, já que este tenderia a variar de acordo com os rumos do tempo contínuo. Dessa maneira, dizer que alguém volta no tempo não se refere ao simples voltar de um relógio. Pense em uma linha reta e a dívida entre começo, meio e fim; sendo o começo denominado passado; o meio denominado presente; e o fim denominado futuro. Então um salto temporal nada mais seria que um determinado indivíduo, por qualquer meio, ausentar-se de seu espaço ocupado nesta linha e retornar logo em seguida, porém em um outro ponto da mesma linha que não o ocupado por ele, nesse caso, um ponto anterior. De maneira que, qualquer alteração feita neste momento, como por exemplo a descoberta das grandes razões do universo, acabariam por alterar todos os eventos ocorridos que conspiraram para a sua existência. Isso seria o paradoxo, ao qual o universo tentaria se adequar, não em matéria, mas em espaço. Porém se tal ocorresse, a nós jamais seria cabível descobrir de fato, ou provar a sua ocorrência, restando-nos apenas a possibilidade das conjecturas.
há 3 horas
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Patricia Menezes Pereira
Afinal, não pode uma pulga querer entender todo o universo a que pertence o coelho no qual ela habita.
há 3 horas
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