sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Donos do mundo

Grande negócio (2011), João Antonio.


Existem muitos megalomaníacos que indagam coisas como: "eu dominarei o mundo", "eu serei dono de tudo e vou acabar com tudo que não presta" (ou seja, tudo que ele não gosta). Imaginou se ele odeia árvores e desmate toda a vegetação mundial? Saindo um pouco de foco, há um episódio de A Família Dinossauro em Bob perguntou ao seu pai o motivo dele derrubar árvores. Dino respondeu: "Nós derrubamos árvores porque existem muitas no mundo, assim evitaremos a superoxigenação do planeta". Pessoas com essa mentalidade que não sabem como funciona o sistema e a importância de coisas simples que influenciam a sociedade, desconhecem o verdadeiro caos que seria o mundo sem estes detalhes. Admito que também não conheço, sou um leigo neste assunto, com opiniões leigas.

A meu ver, um dos poucos motivos pela qual eu dominaria o mundo seria para viver da melhor maneira possível. Apesar da falta de originalidade e pioneirismo da idéia ela é realista. Sendo o dono do mundo você consumiria do melhor, se divertiria da melhor maneira e teria tempo, dinheiro e juventude para esbanjar.

Ser dono do mundo é um título bem egoísta porque o mundo é feito de pessoas, portanto pertence a todos. O mundo não deveria ter um dono. Na visão do proprietário que se esforçou para persuadir, comprar, enganar e impressionar muitos para chegar onde está, nada mais justo, já que ele foi o mais esperto. Na visão do inquilino conformado, contanto que seus direitos sejam atendidos, tudo bem. A visão do inconformado é   frustada por perceber que não pode fazer nada. Não sozinho.

Agora vamos seguir uma lógica simples. Para ser proprietário de algo legalmente é necessário uma série de burocracias para obter o documento comprovante (e um recibo). Se a propriedade for o planeta em questão a pergunta que fica é: quem permitiu a venda do planeta? Passou-se o tempo em que se cantava o limite das terras e suas propriedades para tornar-se um proprietário. Tomar a terra por usucapião também é uma hipótese inválida.

Para ser dono do mundo não é necessário ser dono das terras que formam sua extensão. Para ser dono do mundo basta ser dono das pessoas, pois como eu disse no início as pessoas são as donas do mundo. Com a internet a globalização ficou muito mais fácil, assim como uma maneira de instaurar um pensamento comum e controlar seus usuários. Entretanto, antes da internet já havia outro meio e que até hoje funciona: a televisão.

Para concluir o pensamento do post terei a contribuição do grande Maurício de Sousa em seus quadrinhos da Turma da Mônica.



Mundo: Por que destruí-lo?

Extração (2011), João Antonio.


É comum vermos em filmes, séries e desenhos animados grandes vilões ou organizações querendo destruir o mundo. Isso pode não chamar a atenção a primeira vista, pois sempre lembraremos que um mocinho ou uma organização do bem virá e salvará a todos. Mas caso você pense o que aconteceria do mundo, caso os vilões vencessem, provavelmente terá as idéias mais básicas como: eles destruirão tudo e morrerão no final (justamente porque destruiram TUDO!); eles extinguirão a maioria da população mundial e farão o resto de escravos para ostentarem sua superioridade ou destruirão tudo, mas antes roubarão alguns recursos do planeta e voltarão a sua dimensão original. Das muitas proposições que pensei, darei destaque a este último pressuposto.

Imaginem se os recursos mais essenciais a vida estão se esgotando no planeta. Você, como morador deste mundo decadente, conhece alguma maneira mística ou tecnológica de ultrapassar o véu das dimensões. Você sabe como chegar a dimensão vizinha estrapolando uma barreira que tornam as duas dimensões infinatamente próximas. Você e seu grupo conhecem maneiras de transportar os recursos necessários e ainda excedentes para o seu mundo, de forma que ele vá durar mais alguns milênios. Como pessoa sensata você imagina que o cidadão interdimensional verá seu filho agonizando de dor e gemendo a cada trinca nos seus ossos secos, devido a desidratação, e imagina se será assim como você verá o seu filho se não fizer nada. Pensando no bem da maioria (a maioria do seu mundo) você parte rumo a salvação de um mundo e a destruição de outro.

Outra opção seria utilizar os poderes do cubo cósmico, as manoplas do infinito e um isqueiro cor de rosa e destruir, logo após conquistar e saquear, os recursos do mundo. Esta seria algumas das maneira pela qual eu destruiria um mundo. Bem... Possuindo as luvas do infinito eu poderia simplesmente absorver toda a energia cósmica da via láctea, concentrá-la em poderosos artefatos místico e utiliza-los para a criação da minha própria galáxia, senão do meu próprio universo.

Manopla do Infinito e Cubo Cósmico 

Aplicando na prática, a maneira mais plausível de destruir o mundo já está sendo feita. Da maneira como estamos consumindo e desperdiçado os recursos naturais e supervalorizando futilidades mais cedo ou mais tarde haverá uma catástrofe mundial. Provavelmente essa catástrofre será uma guerra mundial. Fico em dúvida apenas se esta guerra será pelo controle de algum recurso não-renovável em extinção ou será porque algum presidente xingou o outro pelo twitter.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mundo: Uma visão derrotista #2

Privada Ortogonal (2011), João Antonio.

Dando prosseguimento a 'Mundo: Uma Visão Derrotista #1', o que restou para este post foi exemplificar alguns efeitos do consumismo.


Efeito psicológico do consumismo causado nas pessoas
Um fenômeno recente sobre aquelas pessoas que querem, compulsivamente, estar na moda é a síndrome da moda. Definiu-se a síndrome da moda como um comportamento patológico que se caracteriza pela dependência crescente do desejo de adquirir roupas ou complementos de vestir não necessários. Esse problema nem sempre ocorre com pessoas que podem sustentar sua compulsão. Vale a pena substituir uma boa alimentação, conforto no lar e a estabilidade econômica por um par de sapatos de couro importados?

Efeito preocupante do consumismo causado na sociedade
Dívidas, desestruturação familiar, juventude comprometida etc. Com a nova geração tendo o consumismo na mente desde o berço, suas atitudes futuras serão preocupantes. Quais serão os motivos das futuras revoluções? Exigir que voltem a fabricar a edição especial de um tênis? Eles precisam de base para compreender e combater os problemas que afetam a estabilidade da sociedade. Afinal... Quem quer ver seu filho morto por  ter sido atropelado por uma multidão na fila de uma loja em liquidação?

Efeito devastador do consumismo causado na natureza
Segundo o Worldwatch Institute os bosques, florestas, campos agrícolas, selvas e terras virgens perdem espaça para as pessoas, suas fábricas, seus shoppings e suas casas. Consumir mais = fabricar mais = poluir mais. Utilizamos de muitos recursos não renováveis para fabricar produtos e produzir energia. Esse processo nem sempre ocorre de maneira sustentável, ou seja, temos recursos finitos e desperdiçamos por capricho ou compulsão.

Diga-se de passagem que o mundo está virando um "bundo" e as pessoas estão arduamente acelerando este processo por falta de consciência ou interesse. No final a maior "cagada" não será feita pelas pessoas, pois elas trabalharam apenas no processo de digestão, mas será do "bundo" que irá excretar a todos.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mundo: Uma visão derrotista #1

Planeta Diário (2011), João Antonio.

Atualmente os noticiários (com ênfase aos de canais abertos) sempre apresentam reportagens sobre assassinatos, tragédias, moda, tendências, atualidades, avanços da ciência, e novas tecnologias. Os noticiários fazem mais além de informá-lo e entretê-lo. Isso é comum, mas é bom? 

Baseando-se nas reportagens dos noticiários, vamos discuti-las para melhor compreender a situação.

Assassinatos e tragédias
Ouvir que alguém foi assassinado brutalmente ou que alguém foi assaltado não causa mais tanto impacto quanto na década de 20, quando as ocorrências eram menores. As notícias sobre crimes e problemas sociais, como a pobreza, tornaram-se comuns, esse é o problema. Tomar esses acontecimentos como habituais faz com que a população perca a sensibilidade, consequentemente torna o problema algo banal.


Moda e tendências
Para muitos estar na moda os faz sentir bem e satisfaz a necessidade de participar da padronização da sociedade. Aderir a uma tendência pesa no bolso do indivíduo, não aderi-la pesa em sua auto-estima. Como influencia o comportamento, as tendências são responsáveis pela popularização de males como Crepúsculo, Restart e Justin Bieber.

Novas tecnologias
As novas tecnologias surgem para facilitar nossas vidas e nos trazer conforto e comodidade. Sempre que surge algo novo a tendência é compra-lo para obter o melhor desempenho. Esses tipos de aparelho são produzidos em grandes quantidades para atender as necessidades de consumo. Como os aparelhos velhos tornam-se obsoletos, eles são descartados e viram lixo.  

Em síntese, há muita propaganda nesse meio. A propaganda apresenta informações sobre um determinado bem de consumo com a finalidade de influenciar o consumidor. Até aqui tudo bem. Mas quando ela passa de agente passivo para agente ativo, quando ela começa a ditar tendências e dizer o que é bom ou não? Graças a propaganda o consumismo tornou-se status social, alienar ficou mais fácil e, óbvio, o consumo aumentou.

Para compreender melhor os problemas sociais, ambientais, econômicos e políticos causados pelo consumo o vídeo A História das coisas (Story of Stuff) será esclarecedor. Este é apenas um de uma série e dura cerca de 20 minutos.







terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Caos, paisagens exóticas e ursinhos

Mirage (2010), Lawrence Yang.



Inaugurando a seção de artes o primeiro post será dedicado àquele que é arquiteto da informação nerd de dia e artista nerd a noite, Lawrence Yang. Segundo sua descrição no facebook, Lawrence luta com abstrações informativas durante o dia e pinta os demônios de sua cabeça durante a noite. Sua obra tem influências do grafite e da pintura tradicional chinesa. Os seus trabalhos são feitos principalmente com tinta, marcador e aquarela.
Intencionalmente, ou não, cada pintura ou desenho de Lawrence cria mais uma parte de seu mundo de ordem no caos, seres de exctase, colossos e paisagens de uma natureza morbidamente viva. Em 2008 ele lançou um livro com algumas obras nomeado Gathering.
Adeptos de histórias de fantasias multidemisionais, viagens a planos alternativos, paisagens exóticas e ursinhos provavelmente simpatizarão com este tipo de arte. Logo abaixo selecionei algumas de suas pinturas, mas muitas outras podem ser vistas em seu site Sukatalife ou em seu blog blow at life.


Two Bears (2010), Lawrence Yang.
Invasions (2011), Lawrence Yang.
Nessie (2010), Lawrence Yang.
Robot Bear Rampage (2009), Lawrence Yang.
Big Trouble in Little Tokyo (2009), Lawrence Yang.
Turquoise (2009), Lawrence Yang.
Fall Cloud Forest (2009), Lawrence Yang.
Winter Cloud Forest (2009), Lawrence Yang
Invaders (2009), Lawrence Yang.
Goldfish (2009), Lawrence Yang.

Pacman Apocalypse (2009), Lawrence Yang.
Red Robot (2011), Lawrence Yang.
Space Dog (2008), Lawrence Yang.


Deviled Eggs (2010), Lawrence Yang.



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que é um bardo?

Canção para Callíope (2011), João Antonio.

Todos sabem que a música possui uma magia especial e o bardo prova que isso é verdade. Viajar pelo mundo, acumular conhecimento, contar histórias, retirar mágica da sua música e sobreviver da gratidão de sua audiência – essa é a vida de um bardo. Quando a sorte ou a oportunidade os atrai para um conflito, os bardos servem como diplomatas, negociadores, mensageiros, batedores e espiões.
(Fonte: Wizards od the Coast © Dungeons & Dragons: Player's Handbook)


Bardo, compositor, harpista e poeta celta. Fazia o papel de transmissor oral da história, crítico político, artista e poeta oficial. Tinha por função louvar as epopéias de seu povo. Os poemas passavam oralmente de bardo a bardo. A tradição celta dos bardos remonta à Antigüidade, embora tenha se difundido, sobretudo, durante a Idade Média e o pré-Renascimento no País de Gales e na Irlanda.
(Fonte: Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.)


Seja em jogos de fantasia ou na realidade medieval, bardos são damas e cavalheiros habilidosos que exibem seu talento saboreando a aclamação do público. Muito importantes para a literatura Gaélica e Irlandesa, começaram a ser substituídos na baixa Idade Média (século IX a XIV) pelas baladas populares e contos em prosa.
Os bardos também recebem suas homenagens. Em 1757 o poeta inglês Thomas Gray, considerado precursor do romantismo, escreveu The Bard. Esta obra, baseada na tradição irlandesa, narra a fuga de um bardo da perseguição de Eduardo I (Rei da Inglaterra, Lorde da Irlanda e Duque da Aquitânia coroado em 1274), que teria ordenado perseguir e executar todos os bardos a fim de extinguir a cultura Galesa. Baseando-se na obra de Gray, John Martin, em 1817, pintou The Bard.


The Bard (1817), John Martin.
A banda de power metal, Blind Guardian, também fez sua homenagem. Em meio as músicas de Somewhere Far Beyond (1992) há a faixa The Bard's Song (In the Forest), na qual mostra a importância e beleza de um bardo. Muito aclamada pelos fãs The Bard's Song (In the Forest) tornou-se, em 2003, o título de um single com versões da música homônima tocadas em vários países.

Capa do single The Bard's Song (In the Forest) da banda Blind Guardian.